quinta-feira, 29 de maio de 2014

FURB: a ‘nossa’ Universidade e os ‘seus’ espaços


Quando eu estudava na FURB, era possível chegar numa sala, normalmente aberta, para se reunir com amigos ou colegas num dia qualquer pela manhã ou até mesmo à tarde, antes da aula noturna. Fazíamos isso até aos sábados e domingos, especialmente nos tempos em que militava no movimento estudantil do curso de Direito. Afora estes espaços, tínhamos opções fora de sala, num tempo em que os carros ainda não tomavam conta de todos os cantos da instituição.

Esta realidade mudou. Qualquer espaço ao ar livre, entre os prédios, hoje é tomado por carros. As salas de aula, agora com equipamentos de informática e eletrônicos, começaram a ser fechadas por ocasião dos furtos. A burocracia aumentou, visto que entrar numa simples sala, para realizar qualquer evento ou encontro, o aluno deve requisitar primeiramente ao DCE para que este então solicite reserva à instituição; ou então tem que contar com a boa vontade de um professor. O direito ao encontro vem sendo tolhido pouco a pouco, segundo os alunos, há também a proibição dos mesmos se sentarem nos cantos que ainda sobraram entre corredores, com a vigilância e controle dos guardas presentes na instituição. Não raro, a dispersão dos ‘grupelhos’ é balizada pelo olhar parcial, por vezes preconceituoso, daquele que vigia.

Os mecanismos de controle dissolveram a espontaneidade dos encontros e convivências, usurparam as trocas de ideias e saberes até mesmo com colegas de outros cursos e também com a comunidade.  Os alunos, roboticamente, limitam-se a entrar na sua sala, assistir à aula e simplesmente ir embora. Do alto da passarela que corta a Antônio da Veiga, podemos reviver cenas do filme Tempos Modernos, impossível não comparar a entrada e saída da Universidade com a mesma dinâmica fabril, alunos-operários numa triste massa indistinta, tolhidos em suas originalidades e espontaneidade.

Filme 'Tempos Modernos'

Para pressionar a instituição, depois de tantos pedidos e insistências, um grupo independente de alunos “Ocupou a FURB”: estão provisoriamente instalados numa sala de aula (R-307), com a finalidade de servir de espaço para o debate livre e aberto dos estudantes e para acelerar a negociação com a Universidade até que a mesma disponha de um espaço real de convivência.


Movimento Ocupação FURB.
Foto: Paula Angels

Mais gramados, árvores, bancos e mesas. Menos cimento e estacionamentos. Mais coerência entre a teoria e a prática. Não é possível teorizar tanto sobre a cidade e a sociedade, sem viver e observar isso na própria Universidade. A Universidade deveria ser um espaço de mudança e de novos olhares sobre a cidade e a sociedade; e não reproduzir o seu status.


Este é um dos sete quiosques (espaços de convivência) que estão
sendo construídos na  UFAC (Univ. Federal do Acre).

A FURB, por meio de seus gestores, precisa urgentemente rever o conceito de Universidade, que ainda se autorrefere como Pública. Uma Universidade verdadeiramente pública deveria priorizar espaços de convivência para acolher os estudantes, professores, demais servidores e toda a comunidade, estimulando assim a troca de ideias e saberes espontâneos. Uma Universidade com travas e fechaduras burocráticas não é uma Universidade. É prisão, do lado de fora e de dentro.


Fontes:
Ocupação FURB - espaço real de convivência: clique aqui
UFAC constrói novos espaços de convivência: clique aqui


Publicado no Portal Desacato, de Florianópolis, Jornal Expressão Universitária - Sinsepes/Furb e no Portal Blumenews.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“Ninguém apanha quieto, só Gandhi”


Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias...
(Um Índio, Caetano Veloso)

Os índios que se manifestaram em Brasília, suplicando mais uma vez por justiça, pela demarcação das poucas terras que lhes sobraram e ainda não foram usurpadas, foram covardemente atacados pelas fardas do nosso Estado, fardas que no passado eram inimigas e que agora são aliadas, requisitadas na brutal repressão daqueles que tem a coragem de reivindicar justiça. Num trágico eterno retorno da opressão, numa triste constatação que o antigo oprimido, tornou-se opressor.

Fonte: Jornal Der Spiegel (Alemanha)

Esses índios lutam contra a selvageria dos não-índios e, acreditem, não sobreviverão à crueldade, maldade e principalmente à tanta mediocridade dos que pouco sabem e se limitam à entendê-los como selvagens.

Assistimos de braços cruzados, policiais com sua cavalaria, jogando bombas de efeito moral, atirando com balas de borracha. E quando um índio exerce a autodefesa, acertando com seu arco e flecha a perna de um policial, a imprensa do nosso país usa esse fato para tratá-los como selvagens; para então depois repetirmos como papagaios e comentarmos a ‘selvageria dos índios’ nas redes sociais. Todos nós deveríamos saber como bem dito numa das redes, que ‘ninguém apanha quieto, só Gandhi aguentou isso’. 

Jornal Der Spiegel (Alemanha)

Na imprensa internacional, o ataque da polícia aos povos indígenas repercutiu sob outro ângulo: fotografias como do jornal alemão Der Spiegel, filmagens da Agência Reuters e testemunhos de jornalistas internacionais, mostram que quem começou o ataque foram os policiais. Sim, imprensa internacional, porque nossa imprensa vendida ao agronegócio e aos latifundiários preferiu comentar uma flecha que acertou um policial. Uma flecha... contra balas de borracha, gás lacrimogênio, bomba de efeito moral e cavalaria. Lembram na escola que vocês aprenderam que em 1500 os índios nada puderam fazer contra o invasor europeu, pois este tinha armas de fogo, cavalos e armaduras e os índios apenas arco-e-flecha? Estou aqui me perguntando quando o Brasil esqueceu tal fato. Não era para os jornalistas [da mídia corporativista] investigarem detidamente os fatos antes de publicarem? Qualquer livro didático de história do sétimo ano do fundamental ou até mesmo a Wikipédia lhes forneceria informações bombásticas sobre o genocídio indígena que ainda ocorre no Brasil, desde a colonização europeia.

O que os ‘donos’ do Estado e esta mídia não perceberam é que não é mais preciso séculos de silêncio para mostrar a verdade dos fatos. A tecnologia, em tempo real, agora nos mostra o quanto fomos e ainda estamos coniventes com a violência perpetrada por este Estado ‘democrático’.

Deixamos destruir nossas florestas e matas com a invasão do agronegócio e da monocultura. Deixamos nossas cidades praticamente inabitáveis pelo barulho, poluição e invasão descomunal de concreto. Autorizamos a venda de nossas cidades a empreendimentos privados. E com o nosso silêncio somos cúmplices de assassinatos do nosso povo.

E os selvagens são eles?

  
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito

Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

(Um Índio, Caetano Veloso)


Poema Navio Negreiro, de Castro Alves 
e música 'Um índio", de Caetano Veloso



Fontes:
Washington Post: http://wapo.st/SeJzzS
BBC/Londres: http://bbc.in/1piFZmx
Der Spiegel: http://bit.ly/1tOujHM
New York Times: http://nyti.ms/1kn0k7x
Frankfurter Allgemeine: http://bit.ly/1ot399M

Publicado no Portal Desacato, de Florianópolis.

domingo, 25 de maio de 2014

Uma cartografia do som: a magia da música nas estações de trem


Se existe um excelente lugar para observar o cotidiano europeu é uma estação de trem. Obrigatória em quase todas as cidades, ‘gentes’ de todos os lugares do planeta, com suas diversas fisionomias e trajes, se entrecruzam entre o burburinho incompreensível de tantos idiomas falados. Mas, no meio disso tudo, é possível estabelecer uma linguagem comum a todos: para além do ir e vir de milhares de pessoas, nas ‘Gare’, ‘Hauptbanhof’ ou ‘Central Station’ existem pianos públicos e livres, à espera de alguém para tocá-los. Não raro, você está naquela apreensão, procurando o local de embarque ou a saída da estação e, de repente, esse sentimento se dissipa na harmonia das notas musicais, tocadas por um viajante anônimo.

Nossa primeira boa surpresa foi em Strasbourg, olhamos para o piano e simplesmente pensamos que era do Café ao lado: foi quando um jovem rapaz chegou e começou a tocar que notamos que o instrumento estava ali à disposição de todos. Como em Londres, quando vi um garoto de uns 10 anos tocando com uma habilidade de dar inveja.


St. Pancras Station (Londres)

Talvez a experiência mais bela tenha acontecido num dia bem cedo, por volta das 7h da manhã, na Gare du Nord em Paris, a caminho de Amsterdam. A maioria dos passageiros de pé, com suas malas ou mochilas, olhavam em silêncio, quase estáticos, para o imenso painel de horários e destinos. Concreto, vidro, ferro e a pressa das pessoas aumentavam o frio da manhã. Até que a melodia de Pour Elise, de Beethoven, tocada no piano por algum viajante, curou a ansiedade e me fez lembrar uma cena do filme “Cidade dos Anjos”, com os anjos a ouvir a música do nascer do sol. A fotografia ficou só na memória, pois o nosso trem chegava naquele instante.

Aqui em Paris também é comum ver músicos com seus violões, violinos, acordeões nas estações de metrô, nas paradas ou até mesmo dentro dos vagões. Na estação Saint-Michel, saindo do vagão e subindo as escadas rolantes, encontramos em alguns sábados o haitiano Dikerson Eveillard. Cantor com uma voz vibrante e inconfundível, ele também impressiona pela interação com o público. Não foi uma, mas várias vezes que, voltando de algum lugar, escutamos sua voz e violão. Não há como não ficar ali parada para ouvir ao menos 4 ou 5 músicas; muitos vão parando, cantando junto e alguns até dançam, num pequeno espaço dentro daquela estação, em meio aos passageiros, por vezes apressados, mas nunca incomodados pelo aglomero em volta do artista.  Na primeira vez, lembro-me de subir aquelas escadas ao som de Hallelujah, numa entonação mais que contagiante, e a sensação de não querer que aquele momento terminasse.


Dikerson Eveillard  - Saint-Michel – Station Métro (Paris)

Esbarrar-se com a arte, ser surpreendido por ela (e não somente ir ao seu encontro), é o que também nos fascina. São de momentos assim que precisamos para alimentar o espírito. Esses músicos viajantes, nômades e anônimos em estações de trem e metrô, também nos trazem, nem que por um breve instante, um fôlego de humanidade. 

Publicado no Portal Desacato, de Florianópolis.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Paris à vélo e parques: o que isso tem a ver com Blumenau?


O início do título deste breve texto – Paris à Vélo - eu copiei de um livro que leva o mesmo nome, e que comprei logo que chegamos à Paris, um guia de itinerários para ciclistas, endereços de lojas e oficinas de bike, separados por arrondissement (região). Conhecer Paris de ‘vélo’, descobrindo cada canto, parque, praça, jardim e ciclovia da cidade é realmente vibrante. Andar pelas ciclovias, por ciclofaixas privativas ou até mesmo divididas com pistas de ônibus na região mais central, nos mostra como é possível para uma grande e populosa cidade garantir espaço e segurança nas vias públicas também para os ciclistas.

Ciclovia embaixo de trilhos de viaduto - trilhos de  trem,
próximo à Biblioteca Nacional (Paris)


Ciclovia (Paris)
Ciclofaixa compartilhada (Paris)

Para quem não tem bicicleta e não conhece Paris, basta um mapa e caminhar até uma das 1.250 estações da velib que existem a cada 300 metros, com mais de 20 mil bicicletas à disposição. Nas máquinas, é só acessar o serviço com cartão de crédito que a bicicleta já é liberada. A fim de evitar a não devolução ou vandalismo, o serviço exige caução via cartão no valor de 150 euros, pré-autorizado pelo usuário.

Para garantir que o serviço fosse realmente utilizado, as ruas, avenidas, boulevares, praças e parques foram redesenhados para criar 370 quilômetros de ciclovias. E aí é que está o planejamento de cidade que não aconteceu em Blumenau. De nada adiantou criar estações para locação de bicicletas (2009) se não foram feitas ciclovias, e as poucas que existem não são decentes ou mantidas. Também não adiantou colocar o serviço com um acesso burocrático demais (cadastro na internet, pagamento por hora de uso e ter crédito no celular para ligar e pedir liberação de uma bike), como foi o caso.


Ciclovia (Paris)
Ciclovia (Paris)




Andando de bicicleta por Paris, também foi possível descobrir que apesar do movimento de carros, ônibus e bicicletas nas ruas principais, encontramos inúmeros refúgios por toda a cidade: seus parques, jardins e praças, lotados de árvores, gramados, cadeiras e bancos, nos chamam para um convite ao descanso, à leitura, uma pausa para um lanche, ou um pic nic com a família e amigos nos fins de semana.


Place des Voges (Paris)



Bois de Boulognhe (Paris)



Jardin du Luxembourg (Paris)
Place Leonard Bernstein (Paris)











Esses espaços públicos garantem qualidade de vida e constituem uma das principais atividades de lazer para seus moradores, por isso é impensável privatizar espaço público em Paris. Aí eu pergunto: eles estão errados ou estamos nós? Não é o vandalismo que impede a constituição desses espaços públicos, basta criar mecanismos para impedir isso; uma mudança de mentalidade é que é importante. Shoppings não proporcionam lazer, só mostram o quanto a nossa sociedade é consumista, está doente e decadente. Afora o Ramiro - com lotação máxima, o Parque São Francisco, a rota de lazer da XV - só nas manhãs de domingo e a boa iniciativa de um grupo de amigos para a realização da Feirinha Wollstein - que lota um domingo por mês, acabam-se aí as opções de lazer de rua e públicas na cidade.

Vender imóveis públicos para construção de hotéis ou restaurantes caros (caso do Frohsinn e um terreno ao lado do Galegão) não proporciona lazer à imensa maioria dos moradores da cidade; só aos turistas endinheirados e aos donos desses empreendimentos privados. Isso sim é vandalismo. Em Blumenau, que tristeza, reprime-se quem planta árvores! Ainda insistimos no discurso do lucro e em concepções arcaicas, que nos mostrará cada vez mais decadentes. O que isso tem a ver com Paris e as demais cidades da Europa? Nada!

Fontes:
2) Paris à Vélo: lei guide du routard. Editora Hachette, 181 páginas.
3) A silenciosa decadência dos Shoppings Centers  - Portal Outras Mídias.
4) Blumenau: onde as árvores são ilegais- Jornal de Santa Catarina.
5) Blumenau quer vender o Frohsinn (e um terreno ao lado do Galegão)"O mesmo destino do Frohsinn pode ter o terreno ao lado do Galegão, que a prefeitura tentou, sem sucesso, conceder à iniciativa privada para a construção de um hotel e um estacionamento. Desde 2009 algumas tentativas foram feitas, sem atrair interessados." - Jornal de Santa Catarina. 

Publicado no Portal Desacato, de Florianópolis.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

De bicicleta por Amsterdam


O primeiro impacto ao chegar na estação central de trens de Amsterdam é se deparar com a quantidade de bikes dentro da estação, bastando passar a ‘catraca’ para que os ciclistas pulem nos selins e saiam pedalando ainda lá dentro. Mas ao passar das portas da Central, piscando os olhos e acostumando-se à luz exterior, é que vem o choque maior: a louca [e maravilhosa] quantidade e diversidade de bicicletas em todos os lugares possíveis e inimagináveis. Qualquer espaço com grade de ferro é lugar para elas: pontes, portões, grades de janelas de porões, postes, etc. As ciclovias, permanentemente lotadas, exigem um cuidado redobrado dos pedestres e ciclistas; os carros aparecem mais nos horários do rush [meio-dia e fim de expediente], em outros horários a grande maioria são carros de serviço [entregas e etc.] e da prefeitura. Ah! Os trens de superfície (TRAM) interligam toda a cidade. Mas para o morador de Amsterdam o melhor transporte é a magrela.
  
Bicicletada? Massa Crítica? Que nada, apenas o cidadão em seu cotidiano esperando o sinal ficar verde para ‘invadir’ a pista e fazer-se trânsito, não são manifestantes a reivindicar um direito básico que é uma simples ciclovia.

Como ciclista, estava louca pra alugar uma bike e desbravar a cidade. Fizemos isso no dia seguinte e a experiência foi excitante, mas também impactante. Você entra na ciclovia e tem que ficar esperto e atento do mesmo jeito que se dirige um automóvel numa cidade ou rodovia. Os ciclistas de Amsterdam são rápidos, habilidosos e tem pressa, muita pressa. Ficamos apreensivas nas primeiras horas de pedal, ainda mais por perceber que motos de pequeno porte (Biz, Scooter) também podem trafegar nas ciclovias, ultrapassando os ciclistas pelo lado esquerdo.


A bicicleta para o ciclista holandês não é a mesma coisa para nós brasileiros. Lá a bicicleta é trânsito, usada basicamente para se deslocar. As bicicletas de Amsterdam, na maioria grandes omafiets (vi só meia dúzia de montain bike), não são objetos de consumo, de desejo; não é ‘namorada’ como é para nós. Os ciclistas holandeses são desprendidos das suas bicicletas, muitas enferrujadas e desgastadas pelo tempo. Estão na maioria estacionadas nas ruas, normalmente 'coladas' umas nas outras, sob sol e chuva, pois os prédios de apartamentos do Centro histórico são do século XVII e não possuem elevadores, além das escadas serem estreitas.





Em Amsterdam não existem passeios ciclísticos, não existem pedais de fim de semana ou noturnos. Os praticantes de ciclismo de velocidade ou longas pedaladas parecem preferir as ciclovias ao longo das rodovias, devidamente sinalizadas e separadas das estradas por um canteiro de grama de cerca de um metro ou mais após o acostamento. Ou ainda as belíssimas ciclovias construídas por sobre os diques em que é possível ver o mar ou os canais formados e que também dispõem de áreas de piquenique com mesas e mirantes para observar a paisagem.




Pedalar em Amsterdam foi uma experiência única, prazerosa e culturalmente diferente. Você sai de lá com outro olhar sobre a bicicleta... e fica com uma inveja danada da Holanda!