Todos os blumenauenses sabem que
este incêndio no Frohsinn não foi acidente. Câmeras de segurança foram
furtadas, antes das duas outras tentativas de incêndio. Não houve acaso, mas um
planejamento cuidadoso. Ironicamente, froshinn
significa alegria em alemão, e assim sinto que sistematicamente tem se destruído
a alegria desta cidade, que está se tornando um local bem difícil para se viver.
Afinal, quem são essas pessoas
que continuamente passam por cima da vontade da maioria da população? Quando
vamos dar um basta nos desmandos deste grupelho?
Há um projeto para o local –
agora apenas mirante do Froshinn – que beneficia toda a população, pois
pretende mantê-lo público, com livre acesso para todos; projeto este que a
Administração do município ignora sumariamente, ‘cegos’ e sedentos em
concretizar a venda daquele terreno. Tanto é, que quando artistas tentaram levar vida àquele local, foram expulsos, com violência, cacetetes e spray de pimenta.
Foto: Grupo Por Gentileza, em Blumenau (Facebook) |
Estamos mesmo sem passaporte. Sem
rumo e roteiro. A cidade, em nome da especulação imobiliária se desintegra, e o
poder público, conivente, permite matar a cidade, sua história e qualquer
chance de garantir qualidade de vida para seus cidadãos, tudo em nome do lucro
de alguns poucos.
A melhor resposta para o título
deste breve texto, veio da historiadora Carla Fernanda da Silva: “Têm muitos, mas
muitos blumenauenses com o fósforo aceso nas mãos. Administração municipal, os conselheiros
que votaram a favor da venda, apoiadores e os indiferentes”.
E você? Também está com o fósforo
aceso nas mãos?
Se não, então
contribua com a cidade, imprima e assine a petição pública abaixo[1],
organizada pelo Grupo Movimento contra a venda do Frohsinn[2] e ajude a manter aquele local público. Ou ainda, recolha assinaturas
entre os seus conhecidos, vamos reagir a essa imposição, não permita que os
incendiários do Frohsinn sejam vitoriosos.
[1] Abaixo-assinado para impressão em papel: clique aqui. Para assinar petição pública on line: clique aqui.
[2] Saiba
mais sobre o Movimento contra a venda do Frohsinn: clique aqui
Artigo publicado no Portal Desacato (Florianópolis), Portal Blumenews e Jornal Expressão Universitária (Sinsepes/Furb).
Excelente a reflexão, Sally. Excelente a colocação, Carla. Parabéns.
ResponderExcluirMuito obrigada, Márcia. E vamos seguindo! Abraços.
ExcluirVamos dizer não a venda do Frohsinn, e riscar umm fosforo de basta nos gestores públicos que querem destruir e descaracterizar ainda mais nosso centro Histórico.
ResponderExcluirO Frohsinn é dos blumenauenses (é nosso) e não cabem apenas uns poucos munícipes ou (gestores) decidirem sobre sua venda..
Mais uma tragédia anunciada em Blumenau.
Não foi devidamente cuidado e aconteceu o previsível. Frohsinn é completamente destruído por um incêndio dia 20 de agosto de 2014.
*Morro do Aipim
Em palavras aos Blumenauenses o Niels diz assim:
Conforme correspondência mantida por volta de 1925, na época dos festejos dos 75 anos de Fundação da Colônia, com as filhas do Dr. Blumenau, estas explicitaram, com muita ênfase, que desejavam ver cumprido o desejo do Fundador que era o de que estabelecessem nas suas terras particulares do Morro do Aipim, um Museu Colonial da Imigração. O Morro do Aipim, não constou da venda das terras da colônia particular do Dr. Blumenau ao governo imperial em 13 de janeiro de 1860, e foi objeto de doação da família do Dr. Blumenau à municipalidade de Blumenau. A doação das terras foi procedida em *1909 e formalizada em 1911, pelo filho do fundador Pedro, que, entretanto na formalização do ato da transferência, através instrumento próprio, foi acompanhado de correspondência na qual, os descendentes do fundador, condicionavam a doação à municipalidade, mediante observância de clausulas estabelecendo finalidades da destinação do terreno, que deveria ser a de, exclusivamente, servir à construção ao «Memorial da Colonização».
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau