(e porque eu
não assino a petição para criação do Partido).
Lançada e liderada por
Marina Silva, a Rede Sustentabilidade vem alcançando adeptos de todas as
regiões do País, especialmente para coleta de assinaturas necessárias à
formação de um partido. Sobre a Rede, tenho as seguintes considerações a fazer:
Vejo que seu programa
tem como mote a sustentabilidade, em diversas áreas: econômica, política,
ambiental, etc., e nisso estou de pleno acordo.
No entanto, não vejo
posicionamento com relação a temas que mais gritam atualmente na sociedade
brasileira, como o casamento civil igualitário e o aborto, agora com o
famigerado projeto de estatuto do nascituro. E isso ocorre porque já temos na Rede grupos intimamente ligados ao
fundamentalismo religioso, que saberão muito bem cobrar a fatura de seu apoio,
como está acontecendo agora com o Governo Dilma.
Apesar de
negado pelo seu futuro novo partido, Marina Silva já disse que apoiava a
realização de um plebiscito para que a população decidisse sobre o casamento
civil igualitário — o que eu discordo totalmente. O direito de ter direitos não
pode, de forma alguma, ser passível de plebiscito, isso é absolutamente
inadmissível num Estado que se diz laico. E a coleta de assinaturas por grupos
da Rede, numa manifestação de fundamentalistas religiosos que lutam a favor da
homofobia (05/06/2013), pra mim foi a última gota.
Por isso,
vejo na Rede uma ausência de novidade ou inovação perante a política
brasileira, ainda que se esforce muito para vender essa ideia.
Por esses
motivos, não assinarei a petição de criação deste partido.
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