quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Blumenau, uma cidade sem alma


Antes que muitos levantem seus cajados e atirem pedras, tenho a dizer que o título que leva esse artigo não foi dito por mim. Foi por um francês, que trabalhou por muitos anos na Alemanha, mas hoje mora na fronteira com a Suíça e esteve aqui na cidade no início deste ano (janeiro/2013). Veio até Blumenau a convite de uma amiga; e, passeando por aqui, disse que não entendia o porquê dessa paranóia da cultura alemã - se a essência dessa cultura vem sendo demolida e arrancada. Perguntou também onde estariam os jardins, as praças, os parques, as sombras e as árvores da cidade. Ao visitar a Vila Germânica, questionou porque Blumenau quer ser algo que ela não é. 

As perguntas são difíceis de responder, mas foram essas as questões que me motivaram a escrever esse artigo. 


Enxamelóide Blumenausense. Foto: divulgação

Fazendo uma breve análise do cotidiano blumenauense, fica difícil dizer que ele não tenha razão. Blumenau enche a boca de orgulho pra dizer que tem famosos eventos turísticos regados a cerveja e chopp, mas parece não ter muita sede de cultura, arte ou mesmo de lazer, que não seja aquele amortecido pelo álcool. Os investimentos públicos em arte e cultura na cidade ainda andam a passos lentos e dormentes. A maior parte dos incentivos são dados para manter uma hegemonia da identidade alemã, que já não se justifica mais dentre tantas outras. Sem falar nos empresários blumenauenses, que não contribuem sequer pela lei de mecenato, mesmo não lhes causando qualquer prejuízo financeiro, eis apenas direciona os impostos para atividades culturais da sua cidade. 

E o que dizer das atividades de lazer? Numa enquete feita por um jornal local, ao perguntar ao leitor blumenauense se concordava com a rota de lazer todos os domingos, a quantidade de resposta ‘sim’ venceu por 62%, mas me assusta saber que 38% não concordavam. É que aqui uma boa parte do povo entende que atividade de lazer não pode atrapalhar a rotina de trabalho, o trânsito de veículos e que já está bom demais dar algumas voltinhas de carro nos shoppings. E muita fluoxetina para parecer feliz!

Na nossa cidade, as prioridades são os incentivos à construção de shoppings que não trazem qualidade de vida, mas geram ainda mais consumo; são as abarrotadas construções de prédios no centro e de pontes e mais pontes para desafogar o trânsito – mas que vai estimular a compra de veículos e entupir ainda mais o nosso centro urbano; não só de carros, mas também de água, muita lama e esgoto com qualquer chuvinha que cair. Os passeios públicos se restringem às calçadas, muitas delas mal feitas, estreitas e com buracos, sem esquecer que a obrigação de cuidar desse espaço é do proprietário, o mesmo que também reclama dos buracos nas ruas (o governo reflete o povo e o povo reflete o governo).

Mas o atraso e a cegueira por um punhado de dinheiro é tanta, que não se percebem os exemplos de mudança em outros mundos: cidades como Boston já estão retirando viadutos e em seu lugar colocando parques. Em Nova Iorque e Londres, estão fechando ruas para os carros, priorizando os espaços para passeios públicos. Na Alemanha, foi projetada a construção da primeira rodovia de uso exclusivo para o trânsito de bicicletas. No Rio de Janeiro, estão construindo túneis para interligar bairros e todos eles prevêem ciclovias seguras. Mas em Blumenau, para manter áreas verdes e os espaços mais humanizados, priorizar áreas para o lazer e construir ciclovias, o discurso sempre foi a falta de recursos. Mas verbas pra construção de novas pontes... sempre tem.

Também não se cogita implementar alternativas voltadas à restrição do uso indiscriminado de veículos na região central, como já vem ocorrendo em muitos países e cidades. Em Londres, Milão, Estocolmo, Sydney, Cingapura e Santiago, por exemplo, a circulação na região central é taxada (pedágio) e o dinheiro é revertido em investimentos no transporte coletivo barato e constante. Em alguns desses lugares foram feitos bolsões de estacionamento fora da cidade e quem estaciona ali paga preços módicos e ganha a passagem de ida e volta ao centro. 

Americanos e europeus estão aprendendo a viver sem carro: em Manhattan, não há mais estacionamentos; em Munique (Alemanha), novos prédios só podem ser construídos SEM garagem. Medidas como essas têm estimulado investimentos em transporte público de qualidade. Mas aqui, insistimos num projeto de progresso atrelado a prédios com 2, 3 até 4 vagas de estacionamento por apto, pontes, viadutos e tudo SEM investir em transporte público de qualidade - ideias de um passado já condenado, mas que vence pelo temor de perder apoio financeiro e votos nas eleições, aliado ao imenso lobby das montadoras.



Em Nova Iorque, projeto prevê redução do espaço para automóveis e aumentos dos passeios públicos,
com mais espaços para pedestres e inclusive para mesas de restaurantes e cafés.
Fonte: http://vadebici.wordpress.com/

De novo em Nova Iorque, em plena Times Square, espaço removido dos automóveis
e transformado em ciclovia: Fonte: http://vadebici.wordpress.com

No bairro Hackney, em Londres, rua é fechada para carros e transformada em ciclovia,
sem alteração nenhuma na estrutura, apenas instalando barreiras para os carros.
Fonte: http://vadebici.wordpress.com/

Além disso, o nosso turismo não vive de mostrar a cidade real cotidiana. Atração turística, aqui, são aquelas criadas especificamente para iludir os turistas, maquiando Blumenau de cidade ‘alemã’. Gastaram horrores com a criação de uma ‘vila germânica’ de mentirinha, e no centro já deram incentivos fiscais para quem fizesse a montagem daqueles enxaimelóides para ingleses e tantos outros verem... a nossa cultura alemã de plástico. Mas não se interessaram em preservar seu patrimônio histórico: as casas antigas pouco a pouco foram demolidas na calada das noites, sob o silêncio e a conivência daqueles que deveriam impedir. Não conseguem perceber que o turismo interessante é aquele que mostra o dia a dia da cidade original: como em Ouro Preto, Mariana e Recife antigo, com seu conjunto arquitetônico preservado; o Rio de Janeiro com suas casas da Lapa e Santa Teresa; em Porto Alegre com seus prédios antigos e tantos outros lugares da Europa.

Pra dizer que a cidade tem ‘parques’, construíram espaços com pouco mais de meia dúzia de árvores e o maior deles tem até lagoa artificial. Pra dizer que a cidade tem ciclofaixas, pintaram algumas calçadas de vermelho, disputando o escasso espaço com os pedestres (e não evitando os atropelamentos). 

E assim a cidade vai sendo maquiada e plastificada, buscando uma ‘bela’ aparência, tal como a socialite e suas infindáveis plásticas com um resultado tão artificial que muitas vezes beira ao monstruoso. Investe-se na vaidade da aparência e abandona-se a originalidade da cidade. Deixa-se à míngua os grupos de teatro e arte, mas não sem exaltar o pioneirismo de Roese Gaertner. Exalta-se um passado, mas se perde no presente. Lendo esses dias uma breve passagem do prólogo de ‘O último leitor’, de Ricardo Piglia, um trecho invariavelmente me fez lembrar Blumenau: ‘A diminuta cidade é como uma moeda grega submersa a brilhar sobre o leito de um rio à última luz da tarde. Não representa nada, somente o que se perdeu. Está ali, fechada, mas fora do tempo, e possui a condição da arte; desgasta-se, não envelhece, foi feita como um objeto precioso que comanda o intercâmbio e a riqueza.’ Nossa cidade está num limbo: num passado-cenário, com ares de modernidade. 

Blumenau não consegue perceber que uma cidade só é boa para o turista se for boa para o seu cidadão. Que as áreas verdes e espaços de mobilidade mais humanizados, são elementos cruciais para a boa qualidade de vida e para tornar a cidade mais agradável para se viver, ainda que dentro de um ambiente extremamente artificial que já se transformou. 

Ainda temos tempo de reverter esse ‘crescimento’ de prédios centrais, asfalto, pontes, viadutos e concreto. Mas depende de nós, cidadãos, exigir qualidade de vida e recuperar um pouco a alma de Blumenau. Precisamos ter mais envolvimento com movimentos, coletivos e entidades voltadas a essas prioridades. Como bem disse minha amiga, a jornalista Marta Raldes: “Vamos assumir responsabilidades. Enquanto Blumenau não enxergar ‘um palmo além do bolso’ não compreenderá o significado de representatividade, força política, consciência política, cidadania, mobilização, atitude.... práticas estas imprescindíveis para que algo aconteça. Sem isso, só sai shopping!”

O anônimo estrangeiro, autor do título desse artigo e que sentenciou nosso epitáfio, finalizou suas impressões dizendo que não achou a cidade parecida com nenhum lugar da Europa: achou tudo muito artificial, sem vida, sem cor. Pois então... Será que os cidadãos não conseguem perceber que a cidade há muito tempo perdeu sua alma? Que só conseguem (sobre) viver para o trabalho e seguem a lógica de que tudo que foge à rotina casa-trabalho-shopping-casa não pode e não deve crescer, pois foram treinados para uma servidão voluntária: trabalhar e trabalhar, para consumir e consumir, sem nada refletir. 

Mas ainda há tempo de pensar e se articular para mudar. Só que não muito. 




Concreto tédio

Tudo acaba em prédio
O terreno
O meu tédio
Em todo canto
Em tudo que sinto
Cimento, concreto
Mais um prédio subindo
Não vou me assustar
Se acordar
E ter um prédio
Em meu lugar

(Fernanda Tatagiba)




* Esse artigo foi publicado no Portal Desacato, de Florianópolis; no Portal Blumenews, de Blumenau e no Jornal de Santa Catarina.

42 comentários:

  1. Todos blumenauenses deveriam ler!

    ResponderExcluir
  2. Blumenau é uma cidade próspera, sem dúvida. Porém, insiste mais em exacerbar essa prosperidade material deixando de lado ou estereotipando os bens simbólicos. O lindo teatro Carlos Gomes, a meu ver, é o maior bem da cidade, e não a PROEB.

    ResponderExcluir
  3. Sally, adorei seu texto.
    Abraços pra vcs.

    Patricia(Maria Dolores,que está escondida, faz um tempinho) :-)

    ResponderExcluir
  4. Sally, esse artigo ficou muito bom. Alfineta o real. Blumenau parece que adotou uma postura de desconfiança à tudo que é novo e bom. Parece que não conseguem ver o que acontece mundo afora. Qerem transformar Blumenau numa Boston das antigas.
    Justamente o que temos de mais bonito querem destruir, sejam as matas ou as construções ainda legítimas de uma cultura perdida no tempo. A frase de que "a cidade só é boa para o turista quando é boa para os munícipes" reflete muito bem o quanto nós, munícipes, estamos abandonados.
    Não se fala em criar parques, melhorar as calçadas e ciclovias. A beira do rio Itajaí, bem no centro da cidade, na margem direita junto à ponte da Ponta Aguda, coração do cartão postal da cidade está destruído há anos, coisa medonha mesmo. Falam em turismo, em necessidade de atrair turistas...mas a cidade está se enfeiando a cada ano. Não se vê nada acontecendo para deixar nossa cidade com cara própria.
    O turismo está restrito à Vila Germânica, uma miniatura questionável da arquitetura alemã de outrora. Querem mais centros de convenções, agora ao lado do Galegão. Dane-se o povo, nem sequer passa pela cabeça dos que administram transformar aquele pedaço de terra num anexo do Parque Ramiro, que mais parece uma praça. Nem se fala mais no Parque das Itoupavas e ainda querem avançar sobre o Ribeirão Garcia para colocar mais carros nas ruas... Ein prosit Blumenau rumo à estagnação.

    Wilberto Boos

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  6. Queremos uma Blumenau de verdade e não de aparências!
    Dani Roste

    ResponderExcluir
  7. Adorei o texto, e gostaría de lembrar que aqui, em Blumenau, é difícil não ir ao shopping. No domingo é difícil encontrar restaurantes abertos, o teatro não é evento cotidiano, as bibliotecas tb tem horário limitado, elas abrem sempre no horário em que estamos trabalhando. Na Rua XV, tudo fecha entre 18:00 e 19:00 hrs, e se vc decidir dar uma volta mais tarde ou num domingo, corre o risco de ser assaltado, pois é deserto. Só nos resta mesmo os shoppings e supermercados para um lanche ou as ínfimas alternativas de lazer, um passeio que dificilmente não levará ao consumo. Alguns museus, como o de hábitos e costumes, abrem aos domingos, e já fui, o movimento é muito pequeno. Então vive-se naquele ciclo em que os cidadãos não prestigiam o que abre aos domingos e em horários diferentes, e essa baixa movimentação faz com os proprietários não tenham incentivos de abrir aos finais de semana. Acho que a discussão tem pauta para ir muito longe.

    ResponderExcluir
  8. Parabéns pelo texto.Tomara que os governantes de Blumenau ainda a tempo voltem seus olhares para esta realidade e as transformem.

    ResponderExcluir
  9. Bom comparar com outras cidades de países desenvolvidos não sei se seria o correto, até por que se algum recurso fosse direcionado ao estado para este fim estacionaria principalmente sobre a Capital que ao meu ver uma cidade que apenas vive de um turismo esporádico e uma "pesca" fraca, que somente é o que é hoje pelos recursos, erroneamente distribuídos, que são arrecadados de grandes indústrias de outras cidades do interior do estado, como Blumenau por exemplo. os "Estado Unidos" utilizado como exemplo pela matéria, realiza, pois os recursos do Estado não vão para o governo para voltar aos pingos e sim apenas um percentual é que vai o resto é investido no próprio Estado.

    ResponderExcluir
  10. Longe de querer atirar pedras, apenas de comentar e respeitosamente discordar, não concordo em absoluto com o contexto do artigo. E o faço baseado com propriedade, pois, ao contrário de você, sou nascido em Blumenau e um legítimo descendente de imigrantes alemães. Infraestrutura, lazer, incentivo a cultura, me indique uma cidade no Brasil que seja referência frente as cidades que você mesma comparou, e encerro meu discurso. Arquitetura? Não é só aqui, você citou o Rio, vá lá e observe boa parte do patrimônio histório em ruinas, sem manutenção, vim de lá semana passada e estou la constantemente. Aqui, por ser menor, cada casa derrubada se perde muito mais proporcionalmente, e isso com o passar dos anos soma! Note que isto é um problema de nosso país, não apenas de nossa cidade, assim como TODOS os outros pontos que você citou, como mobilidade urbana, parques etc. Ainda assim, com todos os problemas, a cidade é destaque em nosso Estado, está na 38 posição com maior renda per capita do país, 25 com maior IDH, educação, saúde, longevidade, enfim, não vou me estender, mas os fatos estão ai, procure, compare com o resto das cidades do país e você vai se surpreender. Ora, se somos uma cidade como qualquer outra do Brasil, então, qual o nosso segredo? JUSTAMENTE o que você ignora, as suas origens! Ou então fique a vontade e procure explicar, se conseguir, porque nossa cidade desbanca mais de 90% de todas as outras cidades! Pois é, austeridade, seriedade, comprometimento, respeito, educação, valores morais e cívicos e vontade de trabalhar, são coisas que de uma forma ou outra, mesmo aos que vieram depois, se enraizou no dia a dia do blumenauense. Quer ver de perto aonde isto se perpetua? Saia do centro, e vá ao interior, no Badenfurt, Testo Salto, Itoupava Central, Tatutiba, Vila Itoupava, procure bater a porta de um morador de campo, e você vai notar a dificuldade de falar o português, a educação, a ordem da casa, do jardim. Depois, dê uma passada nos clubes de caça e tiro, vá a uma festa de rei, turmas de bolão, grupo de aposentados jogando Skat, ou pelos grupos de dança folclórica como do Badenfurt. Novamente, garanto que você irá se surpreender. A única coisa que concordo, é que sim, infelizmente com o passar do tempo essas coisas se perdem, hoje grande parte da população de nossa cidade não tem suas origens aqui. Eu falava apenas alemão até os 6 anos, e já não consigo fazer o mesmo com meu filho de 1 ano e 11 meses, pois a mãe não fala, só pra citar um exemplo. Então, seja lá qual for o seu motivo pessoal em desmerecer as raízes de nossa cidade, quer você goste ou não, são a única diferença para outras cidades de mesmo porte e que nem de longe desfrutam, ainda que longe do ideal, de tudo que temos. Deixo para sua reflexão. Abraço! - André Goldacker

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também sou blumenauense nato, mas diferente de ti, sou descendente de italianos por parte de pai e mãe e de famílias que estão a três gerações no Vale do Itajaí - quase ninguém sabe ou lembra, mas praticamente todo o Vale já foi Blumenau. Me sinto privilegiado que na minha infância tive vizinhos alemães natos, que me ensinaram muito sobre cultura e valores do seu país e me davam aulas sobre geografia e política européia.
      Discordo quando falam que Blumenau é uma cidade totalmente tedesca, diferença que nós sempre ficamos quietos no nosso canto. Muitos italianos trabalharam duro uma vida inteira aqui no Vale em Blumenau e a cultura e valores italianos aqui ainda continua forte, muitos descendentes ainda mantém laços com a língua e a cultura de seus antepassados. Lamento que em Bnu tem apenas um Circolo e poucas opções para estudar italiano, assim como lamento muito que os clubes de caça e tiro estejam falidos, que as opções de escola de alemão sejam poucas hoje em dia.
      Blumenau nunca foi um feudo, por diversos motivos históricos nossa cidade foi formada por pequenos, médios e grandes empreendedores. O problema é que a cidade está se transformando em um feudo. De fato virou uma cidade de plástico, uma caricatura de si própria. As pequenas praças que tinha no meu bairro a última administração arrancou as arvores e os jardins e colocou lajotas e piso no lugar - isso é um de muitos exemplos. Oktoberfest e Festitalia são duas aberrações quando metem cultura no meio. Estou indo embora daqui, mesmo com coração doendo prefiro sair de uma lugar que não estou satisfeito a ficar reclamando e chorando. Cidadão médio aqui não tem mais voz...
      E deixar bem claro que que autora - acredito que foi por boas intenções - foi extremamente infeliz em comparar Blumenau com cidades do porte, idade e importância histórica como Boston, Londres e Nova Iorque. E que os novos imigrantes continuem bem vindos.

      Excluir
  11. Parabéns menina!
    Que texto! Quantos gostariam de ter escrito o que você escreveu pois sentem a falta de viver a vida simples. Creio que você esta dando partida para um novo pensar Blumenau.
    Um grande abraço
    Valéria

    ResponderExcluir
  12. Belo texto, Blumenau poderia ser uma cidade turística mas, se tornou uma cidade movida a álcool. Falta verdadeiros homens e mulheres que façam de Blumenau uma verdadeira cidade de prosperidade.
    Os lucros das festas etílicas, ficam nas mãos de poucos e para o resto da população sobra o lixo que o "turista" deixa.
    E os políticos...acham que eles "todos" não estão fazendo o que o "resto politiqueiro" do Brasil faz??
    Quem vai dar jeito nisso tudo....dou um doce se alguém tiver uma resposta!!!!

    ResponderExcluir
  13. Muito bom! Sou carioca e moro há mais de dez anos em Blumenau. Uma pergunta que sempre me faço é: Se a Oktoberfest foi criada para levantar o ânimo da população pós-enchente, por que até hoje uma porcentagem da verba arrecadada da festa não vai para entidades sérias da cidade, como a ABADA, APAE, CERENE, ADEBLU, ACEVAPI, REDE FEMINIMA...?

    ResponderExcluir
  14. Devia ser,
    Menos chopp e mais praças,
    Menos viadutos e mais parques floridos,
    Menos asfalto e mais espaços de bancos sombreados,
    Menos carros e mais bicicletas,
    Menos Bancos e mais bancos,

    menos Blumenau e mais BlumenHaus.

    Marcos Ladeira

    ResponderExcluir
  15. O circuito cultural da "européia" Blumenau é tão alto quanto uma gilete no chão.

    ResponderExcluir
  16. Blumenau é uma potência econômica em Santa Catarina, porém estagnou nesses últimos 10 anos. Brusque que é uma cidade menor, está desenvolvendo à um ritmo bem mais acelerado. Blumenau só tem 2 cartões postais relevantes: Prefeitura e Castelinho, este último é de propriedade de um brusquense! Blumenau já deveria ter: Aeroporto Internacional, metrô, Zoológico, um Parque Multiuso (no estilo Central Park) e muito mais. Mas no Brasil a cultura é investir em festas, bebedeiras, o negócio é Oktoberfest, todo o resto vem em segundo plano! Ainda bem que em Brusque, a Fenarreco é que vem em segundo plano. Mesmo assim, admiro essa cidade e considero uma cidade bem organizada e limpa! Acredito que vocês ainda terão um governo competente e ousado que pense em desenvolver obras que condizem com a magnitude dessa cidade. Abraços aos blumenauenses.

    ResponderExcluir
  17. A pessoa que publicou deve andar muito a pé não é mesmo? Querido ciclovia somente em areas planas que é o centro, pois nos bairros é só morro não adianta sair com a bicicleta nos ombros! E outra nem deve trabalhar porque só quer saber de praça, sombra e bicicleta. Acorda meu bem nós não estamos na Europa nem nos EUA, mal sobra tempo pra ficar nos parques. Ah, chega de alfalto? Porque não é você que mora em uma rua com poeira e lama né! Pare de querer fazer coisas que só beneficiem aos mais favorecidos. E outra, não está contente? TCHAU, se for pra falar mal não precisamos de gente assim (nem deve ser Blumenauense)

    ResponderExcluir
  18. A autora foi infeliz nas comparações, comparar cidades muito maiores e com pelo menos o dobra da idade de Blumenau, é quase o mesmo que comparar Brasil x Haiti, os comentários do Sr. André Goldacker fazem-se pertinentes e verídicos.

    A autora utilizou apenas um ponto de vista e não abrangeu em toda a sua possibilidade a matéria, o que é comum atualmente nos 'produtores de informação e comunicação, pegam um ponto de vista, o transformam em verdade e despejam ao vento 'a sua verdade'.

    Pegar projetos individualizados de outras cidades e tentar aplicar todos em uma única, ou desmerecer, beira o utopismo. Fácil falar, bem mais difícil fazer, senão vejamos, criticou os shoppings, mas os shoppings geram empregos e geram receitas, automaticamente gerando mais receitas, o município arrecada mais, e arrecadando mais, poderá investir em 'benfeitorias' na cidade, ou a autora acredita que dinheiro é capim, basta um pardal passar e semear que na próxima chuva irá surgir notas de 100 reais para pagar a conta, virá então o argumento que o dinheiro não é bem aplicado e a corrupção consome boa parte, verdade, mas aí é uma questão político-social, onde, por exemplo o corpo de engenheiros e arquitetos da Prefeitura que é responsável não é 'capacitado' corretamente, os vereadores e prefeitos tem interesses escusos e outros menos votados.

    Ainda sou do princípio que antes de criticar, estude melhor o caso, veja vários pontos de vista, faça uma proposta e tente implantar, o resto é falácia de burguês ou de não instruído o suficiente.

    ResponderExcluir
  19. Aqui em Blumenau é assim mesmo. Não fazem, e quando alguém de fora quer fazer também não deixam. O bairrismo, a xenofobia, o preconceito é a lei maior. E o clássico que eu SEMPRE escuto aqui: "Não tá gostando? Volta pra tua terra então!". As críticas deste texto fazem todo o sentido. E lógico que não precisamos almejar em um prazo de 10 anos a condição de mobilidade urbana que algumas das cidades citadas pela autora do texto tem. Mas acho que todos os moradores da cidade gostariam de poder se locomover com mais qualidade pelas ruas. Creio que muitos tem saudade de quando essa cidade era tranquila. Eu já morei em Florianópolis, Joinville e estou em Blumenau há quatro anos. Em todas essas cidades as pessoas sofrem com os mesmos problemas: falta de infraestrutura, falta de tratamento de esgoto, falta de moradia, custo de vida elevado, criminalidade... Percebo que precisamos urgentemente inverter a lógica desenvolvimentista (no mundo, mas pequenos exercícios regionais são interessantes) que é pautada no acúmulo de recursos em poucas mãos. Quando impossibilitamos o acesso da coletividade aos bens e recursos naturais, invariavelmente surge a violência. Violência em todo lugar, todos estão disputando espaço, seja nas ruas, seja no mercado financeiro, seja de território. Então, gostaria imensamente de morar nesta cidade, dar minhas opiniões e receber sim críticas, réplicas... Mas sem ser escurraçada, sem ser diminuída por não ter nascido aqui. Isso é uma grande bobagem e os blumenauenses que ainda não sabem disso estão perdendo tempo e cultura, no mínimo.

    Roberta Ramos
    Bióloga

    ResponderExcluir
  20. Bem, vou ser breve, Blumenau só se livrará dos carros talvez, se um dia os transportes coletivos forém constante, limpo, climatizado em sem superlotação. Por que mesmo que dê vagas para bicletas, é morro sobre morro, eu uma vez fiz esse trageto, a ida foi uma beleza, pedalei pouco, mas na volta, eu mais empurrava do que pedalava, mas enfim, o centro de bluemenau perdeu a graça antes mesmo de eu nascer, e foi se perdendo cada vez mais entre seus mandatos fracassados, e não falo só de uma bandeira ou de outro, falo geral, ninguém faz nada que fizessem valer o apelido cidade jardim, pq jardim? onde? eu não vejo algum, vejo pequenos canteiros com flores que eu encontro em qualquer barranco. Por isso busco o litoral, não tem como mudar o litoral.

    ResponderExcluir
  21. Sou de Itapiranga, cidadezinha no extremo oeste de Santa Catarina colonizada por alemães onde aconteceu a primeira Oktoberfest do Brasil, lá sim pode se dizer que a cidade tem alma, pessoas mais velhas falam quase só alemão, uma porcentagem dos jovens se interessam e aprendem o alemão, levando a tradição e a cultura adiante, além disso, isso tudo faz com que a cidade não seja só ALEMÃ em outubro, mas o ano inteiro. Receitas, festas, roupas, música, idioma e dança, por exemplo, tudo é repassado aos jovens para a tradição não acabar, apesar de ir se perdendo aos poucos. Em uma cidade pequena, isso é mais fácil acontecer, é mais fácil ver uma família comendo cuca na praça e falando sobre seus antepassados, como eram as coisas antigamente. Em uma cidade maior, como Blumenau, isso é realmente mais difícil de acontecer, até porque nem todo mundo é descendente de alemão, mas a prefeitura deveria fazer isso, incentivando as pessoas a terem seus jardins arrumados o ano inteiro, incentivar ao aprendizado da língua, de tradições, de receitas dos antepassados. Fazendo isso, tornando a cidade mais alemã o ano inteiro, talvez vai até diminuir o gasto em outubro, para a festa maior. Temos que fazer com que os jovens aprendam sobre a cultura, gostem dela e fazê-los leva-la adiante, ou se não, infelizmente um dia essa cultura vai acabar, o que eu não quero que aconteça.

    ResponderExcluir
  22. Ótima leitura da cidade... saí de Blumenau pq o excesso de fluoxetina não estava me fazendo bem... decidi trocar shoppings, compras, status por uma vida simples e feliz. E deu muito certo!!!

    ResponderExcluir
  23. Anônimo,
    Porque estes que criticam Blumenau não procuram outro lugar para morar??

    ResponderExcluir
  24. Eu acho no mínimo engraçado quando a autora do texto inclui NY para provar o seu ponto de vista. Manhattan, ao contrário do que consta no texto, possui 103 000 vagas de estacionamentos em prédios garagens e mais 81 875 vagas para estacionar nas ruas de Manhattan. Ou seja, ñ entendo o motivo dela afirmar que ñ existe mais estacionamento em Manhattan, quero crer que ela gostaria de ter dito que ñ existe mais estacionamento disponível na ilha de Manhattan, considerando o elevado número de veículos no local, aí sim faria sentido. Mas de uma forma geral, em se tratando de Blumenau, seria no mínimo interessante um investimento em prol do bem estar da populaçao local ao invés de investimentos somente em prol do consumismo desorientado.

    ResponderExcluir
  25. Guardadas as devidas proporções com as cidades citadas, temos sim muitos problemas. Penso que nossos governantes antes de iniciarem sua gestão deveriam fazer algumas cessões de terapia. Nesta data, tivemos mais um caso escabroso que aliás foi iniciado nos governos do PT, do DEM e PSDB. A prefeitura municipal licitou uma verba pública para a publicidade local no valor 7,5 milhões de reais por ano. Temos agências de propaganda de excelente nível na cidade. Mas num julgamento no mínimo "duvidoso" as agências de Florianópolis vão levar 6,5 milhões de reais, dinheiro que poderia ser investido na cidade. Assim deixamos de gerar emprego excluindo todas empresas locais, e os impostos não são recolhidos no município. A questão central não é discutir se a cidade "tem alma" ou não. Falta-nos autonomia e bom senso. Blumenau ainda pensa como a Alemanha. Porém, a Alemanha evolui e transformou-se numa grande nação. Nós ainda estamos vivendo a fase do pós guerra.

    ResponderExcluir
  26. Guardadas as devidas proporções com as cidades citadas, temos sim muitos problemas. Penso que nossos governantes antes de iniciarem sua gestão deveriam fazer algumas sessões de terapia. Nesta data, tivemos mais um caso escabroso que aliás foi iniciado nos governos do PT, do DEM e PSDB. A prefeitura municipal licitou uma verba pública para a publicidade local no valor 7,5 milhões de reais por ano. Temos agências de propaganda de excelente nível na cidade. Mas num julgamento no mínimo "duvidoso" as agências de Florianópolis vão levar 6,5 milhões de reais, dinheiro que poderia ser investido na cidade. Assim deixamos de gerar emprego excluindo todas empresas locais, e os impostos não são recolhidos no município. A questão central não é discutir se a cidade "tem alma" ou não. Falta-nos autonomia e bom senso. Blumenau ainda pensa como a Alemanha. Porém, a Alemanha evolui e transformou-se numa grande nação. Nós ainda estamos vivendo a fase do pós guerra.

    ResponderExcluir
  27. O que eu acho pior nisso tudo é que todos os comentários contrários ao texto usam dos mesmos argumentos: não deve ser blumenauense, não é daqui, se não está feliz tchau, não é alemão. Quanta profundidade - só que não.

    ResponderExcluir
  28. Ainda não li, passei os olhos rapidamente. Mas irei ler com calma, dizer que Blumenau não tem alma, me faz pensar o que é ser uma cidade sem alma? Hoje estava lendo um texto de Jesse Souza em que comentava o patrimonialismo de Faoro, uma racionalidade antes do Estado moderno em que Max Weber. Parece que essa não alma é essa mistura patrimonialista e racionalidade em que a dominação e dominado são naturais num sistema em que a regra trabalho é uma máxima. Tem hora para tudo, mas precisa ser naquela hora e não em outra.

    ResponderExcluir
  29. Vamos ao prático: Tirar o asfalto e deixar o calçamento, arrancar as pontes velhas e impedir de se construir novas, Barreiras na rua 7, XV e Beira Rio, plantar mais árvores. Quem quiser ir por exemplo da Garcia para a Itoupava, que vá via Gaspar ou de ônibus ou de bicicleta ou a pé pelos parques e ciclovias criadas, inclusive ambulâncias e bombeiros. Utopia? Falar é bonito, façam.

    ResponderExcluir
  30. Concordo com o texto e acrescento: Em Blumenau, Restaurantes fecham pro Almoço!!!

    ResponderExcluir
  31. Texto perfeito. O que "mata" Blumenau, é o orgulho de "melhor cidade"(sic), e a mentalidade reinante de se mostrar com automóveis novos, para mostrar ostentação, mas para ir a casa do ostentador, é preciso passar por ruas, que de ruas, só o nome: ruas de terra(não barro, barro é terra molhada),sem calçadas, sem projeto algum. A cara da cidade é a cara do governante, sim.
    TEmos pontes de madeira em área central, sem qualquer proteção ao pedestre, e veículos.
    Para minimizar as enchentes, nada. Apenas o orgulho "de limpamos a cidade".
    E vem nova enchente.
    Solidariedade aqui? Nunca! Vale é ganhar o meu dinheiro e dane-se o vizinho.
    Solidariedade, não é dar roupa velha ou nova, em enchentes, mas no dia a dia. Ter parceria, cumprimentar, sorrir, não tratar mal o nordestino, paranaense que aqui vem ocupar o trabalho que o nascido aqui,não quer.
    Reconhecer que a infra estrutrura da cidade de locomoção, saneamento básico, é horrível.
    Ter mais amor próprio para com a cidade e não já pensando em "ir morar na praia", não criar vínculo, por isso com a cidade.
    Se é cidade turística, fazer turismo sempre e em janeiro não parar o comércio local como fazem, num desrespeito não ao turista mas para quem aqui fica. Já pensaram se o Brasil agisse como Blumenau nas festas de fim de ano? Não fazer turismo relativizado.
    Onde já se viu, ficar trabalhando entre natal e ano novo, ficar padarias, comércio em geral fechados por 10 dias? Isso não existe no restante do Brasil.

    ResponderExcluir
  32. Se Blumenau gerou um texto assim...venha conhecer Chapecó, e terá paginas e paginas de comentários....aqui as únicas melhorias que a prefeitura faz para impressionar os visitantes é pintar meio-fio, faixas de pedestres, e muros que separam as vias da Av. São Pedro...

    ResponderExcluir
  33. Acho que quem escreveu este texto vive em outro país, querer comparar Blumenau com Rio de janeiro e outras cidades brasileiras já é demais, e ainda comparar com as cidades do exterior, foi além da conta, parece que esta pessoa não conhece mesmo o Brasil !!!!!!!!!!
    Adoro morar aqui, quem não estiver satisfeito, que não venha .

    ResponderExcluir
  34. O texto teve belas colocaçoes em relaçao a cultura plastica que vem sendo conservada em Blumenau. Estive la no inicio do ano, e é impressionante como a cidade pode ser uma para o turista e outra completamente diferente para o habitante. Porem, sou de Recife e posso afirmar que apesar de ter uma bela cultura, minha cidade esta loge de ter um patrimonio arquitetonico conservado. O centro do Recife esta passando por um processo de revitalizaçao, porem ainda nao se consolidou no quesito conservaçao. As especulaçoes imobiliarias aqui, ainda falam muito mais alto que o cuidado com a nossa memória.

    ResponderExcluir
  35. Eu fico estarrecido quando ouço pessoas falarem que adoram Blumenau -- o que está implícito morar e viver aqui.

    Não vou negar os fatos. A cidade é limpa, segura, tem uma oferta de empregos considerável, aluguel, suportável, mas... o povo daqui. Arghhhhh!

    Tem o forte regionalismo. Os blumenauenses se apregoam "donos da verdade". Que verdade? rsrs.

    São arbitrários -- autoritários -- "frios" (abaixo da crítica) -- mal educados (já viram como os clientes são tratados nos estabelecimentos comerciais?)

    Como os motoristas de ônibus dirigem? como as pessoas que te conhecem te ignoram em lugares públicos? (?!) a comunicação distante, desprovida de afetividade? Sofrível... Os relacionamentos interpessoais burocratizados e distanciados.

    Um isolamento e uma fria neutralidade, indiferença e ausência de bom humor que pode ser observável na maioria das relações interpessoais. Isto chega a indignar em muitas situações.

    Um individualismo extremado -- um culto ao que se parece e não ao que se é (?) uma empáfia... uma arrogância...

    Ausência de relacionamentos genuínos, verdadeiramente, humanos, amigos. O desprezo à emoção, o apego ao formalismo dificulta a aproximação entre as pessoas...

    Paira um ambiente social em que a acentuada disciplina e normatização, embrutece os contatos... Isto tende a sufocar os espaços criativos e as oportunidades de expressão da subjetividade humana...

    O extremo apego à noção de ordem e organização, o constante desejo de regramento, institucionalização e controle geram a impressão desconfortável de que somos controlados, o tempo todo, por uma estrutura invisível, como se fôssemos suspeitos de algo e tivéssemos que comprovar, de antemão, que não somos “maus”, “preguiçosos” ou “indisciplinados”.

    Obviamente, Blumenau já tem seus argumentos idiossincráticos -- institucionalizados, para explicar seu jeito de ser: a cultura "alemã".

    Por fim é isto.

    Blumenau contém a "Visão em Paralaxe", do filósofo esloveno Slavoj Zizek, que exemplifica com propriedade como é Blumenau: a partir da noção de paralaxe – um efeito de aparente deslocamento do objeto observado devido à modificação na posição do observador.

    A noção de lacuna paraláctica é a chave que nos permite discernir seu núcleo subversivo. Nas cidades brasileiras, enfrentamos um paradoxo básico: enquanto muitas praticam, espontaneamente, a dialética materialista, em termos filosóficos muitas delas oscilam entre o materialismo mecânico e o obscurantismo idealista (Blumenau).

    É essa lacuna paraláctica que também explica as duas dimensões irredutíveis da modernidade: a “política” é a lógica da dominação, do controle regulador (“biopolítica”, “mundo administrado”); a “econômica” é a lógica da integração incessante do excedente, da “desterritorialização” constante.

    A resistência à dominação política refere-se ao elemento “supranumerário”, que não pode ser explicado nos termos da ordem política; mas, como formular a resistência à lógica econômica da reprodução-pelo-excesso? (não podemos esquecer que esse excesso é estritamente correlato ao próprio excesso de poder, além, de sua função representativa “oficial”.)

    Pois é. Peguei pesado? Peguei, não é? Sinto muito. Tenho amigos alemães (que vivem, na Alemanha) que são muito mais flexíveis, amigos, alegres, solidários do que os alemães (?!) de Blumenau.

    Talvez, este meu olhar tão crítico e por vezes preconceituoso seja pelo fato de eu ter vivido em lugares mais liberais, democráticos, expansivos, lúdicos, bem humorados.

    Blumenau é para se trabalhar... trabalhar e deu! rsrs.

    Reinaldo Müller

    ResponderExcluir
  36. Antes de comparar blumenau com rio de janeiro, minha filha, vejamos o seguinte: blumenau promove a oktoberfest, tipicamente alema, com turistas de outros paises inclusive, e oq o rio de janeiro faz: "a vamos investir nas favelas! Elas sao um grande ponto turistico!" Kkkkkkkk poderia rir o dia inteiro dessa porra ai kk Alias blumenau, assim como todo o estado de SC, ja foi uma cidade muito prospera, ate q algum tempo atras começaram a vir para ca muitos paulistas, cariocas, nordestinos e estragar a cidade! E depois ainda qerem reclamar, vao tudk pra puta q pariu, voltem para suas favelas ai de cima e deixem a nossa cidade em paz (y)

    ResponderExcluir
  37. Um francês disse??? Parei por aqui...

    ResponderExcluir