terça-feira, 16 de abril de 2013

Temperos e aromas da vida



Sempre tive curiosidade em conhecer novos 
restaurantes e isso já foi um dos meus programas prediletos. Não que eu ainda não goste, mas depois de um tempo, comecei a perceber que faltavam alguns temperos a mais naquelas refeições.

E não falo da páprica, do alecrim ou manjericão. Falo daqueles temperos que você não encontra nem nos melhores restaurantes do mundo, e que só existem quando cozinhamos e partilhamos esse momento com amores e amigos. É ali que se encontram os temperos que não estão nem no mais lindo e privativo restaurante: o aconchego dos lares, os risos desmedidos e até o tempero das apimentadas confidências.

E pouco a pouco, outros temperos e aromas vão invadindo nossas cozinhas, salas de jantar e corações...

Como a alegria da Mari e da Gi, que nos convida a uma descontração, às vezes até desconcertante, especialmente pra Gi.  A vontade de aconchego da Cleide e do Macedo, no pedacinho do céu deles. As trocas de confidências e de cômicas farpas com a Ana e a Josi, nos mostrando o quanto somos parecidas em ideais e ideias. A saudade dos temperos de quem não está mais tão perto, como as brincadeiras da Greyce, as altas risadas da Celinha e o carinho aconchegante da Momô.

As intimidades nas conversas com o Roberto, enquanto ele delicadamente prepara os ingredientes. A empolgação do Pepe, da Taninha, da Gláucia e do Marcelo, na hora de cantar e batucar. A voz da Rosane Magaly, fazendo eco por todos os cômodos. A alegria de conhecer os amigos de amigos, e que agora também se tornaram amigos, como o Fernando Alex, que nos apresentou a lindeza de sua arte e a Sheron, com toda a sua delicadeza.

As trocas de receitas e folias gastronômicas feitas pelo pessoal da procuradoria de Gaspar: as fajitas de carne e o escondidinho do Leandro, o cachorro-quente do Nilton e os brigadeiros da Giselle. Isso sem esquecer do carinho presente nas delícias da dona Brita!

Também tem as tiradas da Carla, pra fazer o povo rir, mas também... pensar. A minha folga em levar todos os badulaques pra fazer moqueca na casa da Ali, do Charles e do menino Joaquim, num lugar que nos convida à calmaria e a um olhar de (re)descoberta da natureza; mostrando que, pra ser feliz, isso mais do que basta.

Moqueca na casa da Ali, Charles e Joaquim

E por fim, aquele carinho imensurável no preparo do caldo de peixe do paizão e da mãezinha de coração, junto com o Júnior e a ‘princesinha’ Camila, com suas maravilhosas sobremesas, conquistando mais e mais amigos-admiradores a cada aniversário da Carla. Que o diga as ‘Meia Porção’, a Maila e a Kay!

A comida feita com os temperos do amor e da amizade é muito mais interessante e saborosa do que aquela dos restaurantes de alto preço, normalmente decorados com muita plasticidade.... Cozinhar com o seu amor, com os amigos e para os amigos é também um ato de carinho imensurável de amor e amizade. E os temperos e aromas ali partilhados são os mais deliciosos da vida!


* Esse texto foi publicado no Portal Blumenews, de Blumenau.

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